quarta-feira, 3 de outubro de 2007

As partes da cabeça do taco

A cabeça do taco de golfe tem várias partes: o hosel, onde a cabeça conecta-se à vareta; a cara, que realmente bate na bola; a sola, que é a parte mais próxima ao chão; e o calcanhar, que se encontra no lado oposto da face. Já falamos bastante sobre o desenho do calcanhar, e não há muito a dizer sobre o hosel, de modo que examinaremos a face e a sola.

A cara
Ao ouvir um anunciante de um torneio de golf falando sobre a seleção de um taco por um jogador, você geralmente fica sabendo se ele escolheu madeira ou ferro e depois ouve um número. O número relaciona-se ao ângulo no qual a face inclina-se em relação à linha vertical quando o taco é mantido em sua posição normal, de frente para a bola. Um número de taco mais alto representa um grau maior de ângulo de abertura em relação à vertical, geralmente resultando em um lançamento mais alto e mais curto. Existem pequenas variações entre os fabricantes, mas os números dos tacos e seus respectivos ângulos de abertura geralmente são como abaixo:

O ângulo de abertura é importante por duas razões. Em primeiro lugar, a trajetória será perpendicular ao plano da face no impacto, de modo que uma cara mais "deitada para trás" lançará a bola em uma trajetória mais alta. Isto é crucial quando um golfista tenta enviar a bola sobre algum obstáculo ou quando deseja que a bola desça em um ângulo agudo, o que tende a resultar em uma rolagem mais curta após a aterrissagem. O segundo aspecto importante do ângulo de abertura é o giro (spin) - quanto maior o ângulo de abertura, maior o giro.

Nos 450 milionésimos de segundo em que a bola e o taco estão em contato, como mostrado na animação acima, a bola faz várias coisas. Primeiro, ela deforma-se um pouco, achatando-se contra a face do taco. Enquanto recuperar seu formato redondo normal, ela desliza para cima na face do taco. Finalmente, exatamente antes de abandonar o contato com o taco, ela volta à sua forma familiar e começa a rolar para cima pela face. Ao deixar a face do taco, a bola já está girando com bastante rapidez. De acordo com a USGA, uma bola batida com madeira ou com um dos ferros mais longos (3 a 5) estará girando a aproximadamente 3.600 RPM ao deixar o taco. A mesma bola, atingida por um pitching wedge (taco para aproximação ao green), girará a quase 6 mil RPM ao deixar o taco.

Uma bola de golfe que gire é algo bom porque o giro rápido oferece levantamento aerodinâmico, fazendo com que a bola vá mais alto e mais longe que aquela sem qualquer giro. A bola giratória também é menos influenciada por pequenas lufadas de vento, oferecendo um lançamento mais previsível. Outra característica que você perceberá na cara de um taco de golfe, os sulcos, também ajudam a oferecer giro.

Os sulcos na cara de um taco de golfe servem a duas finalidades. Primeiro, eles oferecem um certo grau de "pegada" para a bola de golfe, enquanto desliza para cima na cara do taco, ajudando a dar-lhe maior velocidade do giro. Depois, se houver grama presa entre a bola e o taco no impacto, a água presente na grama será espremida por quase 1,36 kg de força gerada pelo swing médio. Como o sulco em um pneu de carro, os sulcos na cara do taco dão à água um lugar para ir, de modo que a bola não desliza para cima da cara do taco sem girar.

A sola
Idealmente, a sola do taco de golfe minimiza a torção de uma batida ruim. Em madeiras, a sola larga e plana com bordas arredondadas ajuda a cabeça a deslizar sobre a superfície da grama sem afundar nela. Lançamentos com ferros tendem a arrancar tufos de grama (esse torrão é chamado de divot), de modo que a sola dos ferros é desenhada para deslizar pela grama de um modo uniforme, sem torções ou puxões inesperados que perturbem o lançamento do golfista.

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